GERAR CONFIANÇA E AUTONOMIA 

Quando os Líderes procuram colaboradores que tenham vontade de crescer e ser autónomos, são muitas vezes confrontados com a resistência dos próprios. Gerar a confiança em alguém, muito mais num trabalhador de forma a promover mais autonomia, requer uma mistura de atitudes e ações práticas que levem a construir ambientes seguros, que possam levar a respirar contextos motivadores e colaborativos. 

Revisitemos algumas das estratégias que eventualmente podem ajudar a criar nas equipas e em cada um dos seus elementos a confiança necessária para poderem ser e sentirem-se mais autónomos, sabendo que os contextos são também fundamentais para semear estas estratégias. 

Um dos aspetos importantes prende-se com a definição de expetativas claras, sabendo estabelecer objetivos específicos, explicando claramente o que é esperado em termos de resultados, prazos e qualidade. Estabeleçam também os padrões e como o sucesso será medido. Estes aspetos reduzem claramente as incertezas e dão um direcionamento concreto para trabalhar de forma independente. 

Para que tal aconteça é necessário proporcionar as ferramentas e recursos necessários, oferecendo Treino e Formação, validando que possuam o conhecimento e as capacidades. Também que tenham Acesso a Recursos, que têm à sua disposição as ferramentas, informações e apoio necessários para que possam trabalhar com autonomia. 

Outro aspecto fundamental, é cultivar e alimentar Relacionamentos de Confiança, demonstrando essa mesma confiança, ao delegar pequenas responsabilidades e, à medida que sejam cumpridas, ir aumentando de forma crescente esse mesmo nível de autonomia.

Para tal, não esqueçamos a importância de comunicar de forma assertiva (clara e respeitosa) valorizando as opiniões e demonstrando disponibilidade para orientar quando necessário. Quanto menos microgestão e maior confiança colocarmos no  processo, melhor resultados poderemos obter. 

A confiança não cresce nas árvores, devemos por isso respeitar o lugar de confiança onde cada um de nós está, daí que seja fundamental oferecer feedback constante, reconhecendo os esforços e conquistas, aproveitando para reforçar positivamente essa mesma autonomia. É importante claro, que o feedback seja verdadeiramente feedback , observando as regras elementares sem criar um ambiente de medo ou insegurança. Não nos esquecemos nunca, quanto o feedback constante ajuda a ajustar a progressão de cada um no seu desempenho. 

Neste sentido, vale a pena estimular tomada de decisões, encorajar a apresentação de soluções. E, se o resultado não for aquele que esperamos, evitemos culpar; aproveitemos para gerar confiança mútua e uma cultura de aprendizagem. 

Por fim, não podemos esquecer de construir um ambiente seguro, onde se tolere o erro, já que o erro faz parte do processo de desenvolvimento e autonomia. Necessitamos de dar apoio nas situações difíceis, disponibilizando suporte nos momentos em que se enfrentam desafios. Por isso há que celebrar, reconhecer e recompensar a autonomia, valorizando publicamente a iniciativa e os resultados alcançados, para que a motivação continue para se trabalhar de forma cada vez mais autónoma. 

Tenhamos em conta que promover a autonomia é um processo contínuo que exige paciência e dedicação. Quando bem implementado, beneficia cada pessoa, cada equipa, cada organização como um todo.

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