A liderança, um valor

Ao longo dos anos de contacto com as equipas dentro das organizações, constatamos, que há já, por vezes, uma maior preocupação, pelo menos nas que têm um percurso de desenvolvimento mais estruturado, quanto ao significado e vivência da Liderança, fazendo de cada Líder, mais que uma função ou um desígnio, uma vivência apaixonada e um valor que se confunde com os seus comportamentos, as suas decisões, os seus resultados.

A Liderança deveria de ser na sua essência, um ministério, um serviço, apostada no bem comum e gerida como um processo de influência que leva cada membro da equipa a superar objetivos, a desenvolver-se e a garantir resultados.

Ser líder, é cada vez mais, ter consciência de um conjunto de competências, assentes na construção de um caminho, é muitas vezes questionar-se sobre si mesmo, em primeiro lugar, e depois interrogando-se sobre o que os líderes podem e devem fazer para tirar o máximo partido das pessoas, ou como criar pessoas capazes de transformar objectivos audazes — estratégicos, financeiros ou organizacionais — em realidades?

Ser líder, viver a liderança, é um olhar profundo sobre cada uma das pessoas que influencia, entender como através do que pode ajudar, apoiar, desenvolver, refletir, dar feedback, faz com que os outros mudem comportamentos, aceitem ser liderados e aprendam a viver essa mesma liderança.

Um líder deve em conjunto com a sua estrutura definir claramente as regras, fazendo depois o seu trabalho de observação para de seguida, poder reforçar os comportamentos que concorrem para os resultados esperados e propostos.

Quando um líder entende a importância do conhecimento das equipas, e de cada pessoa individualmente, das necessidades sentidas e da sua resolução, aprende a necessidade de se conhecer a si próprio, utilizando as ferramentas que pode ter ao seu dispor, procurando por exemplo o coaching ou o mentoring.

Um líder deve ter a capacidade de adquirir as competências mais críticas, como por exemplo a comunicação, escolher a cada momento a atitude comunicacional correta, e onde, a escuta (ativa), é provavelmente a que mais deve ser desenvolvida.

Outros aspetos que são relevantes, são determinantes para a operacionalização da liderança em contexto das empresas ou das instituições, mesmo as do terceiro sector:

 1 – Confiança:

A autoridade é reconhecida, logo não imposta! Estão aqui envolvidos aspetos como a Competência, Honestidade, Coerência, e, a Preocupação com os outros. Um líder que não inspira confiança nos seus liderados, que não promove essa mesma confiança, poderá nunca ser capaz de construir os laços essenciais para caminhar em conjunto e desenvolver as suas pessoas.

 2 - Direção

Um líder demonstra e age, sabendo para onde tem de ir e como (visão, estratégia, novos objectivos, produtos, serviços, mercados). Muitas vezes se diz que é melhor tomar uma decisão menos boa que não tomar uma decisão.

3 - Inspiração

Lidar com pessoas, tentar influenciar e convencer equipas com deficit de paixão e entusiasmo, são componentes sem as quais se torna muito difícil que possa ser estimulado o compromisso e o empenhamento.

4 – Constituir Equipas

Para que o todo seja maior que a soma das partes, a equipa precisa de ser formada de modo complementar e de acordo com os objectivos a alcançar. É fundamental saber constituir as equipas, colocar as pedras no seu lugar certo. Um líder age de forma justa, equitativa, o que não pode ser confundido com igualdade – - que representa muitas vezes uma tremenda injustiça na avaliação das responsabilidades e competências de cada membro da sua equipa.

5 - Exemplo

A liderança tem de ser um exemplo, não podemos continuar, quer no âmbito do que se diz, quer no âmbito do que se quer fazer crer, que as afirmações não são sustentadas pela coerência dos atos.

Como Albert Schweitzer dizia, dar o EXEMPLO não é a melhor maneira de influenciar os outros, mas a ÙNICA.


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