A Impermanência e os Ciclos da Vida

Este é um livro que recomendo muitas vezes a leitura aos meus clientes. Num tempo de tanta impermanência, faz cada vez mais sentido estar no AGORA, na ACEITAÇÃO DO AGORA. Aqui fica um pequeno resumo dum dos aspetos que mais me diz neste livro:

Do livro “O Poder do Agora” de Eckhart Tolle

A Impermanência e os Ciclos da Vida 

Existem ciclos de sucesso, como quando as coisas acontecem e resultam, e os ciclos de fracasso, quando as coisas não vão bem e se desintegram. Temos de permitir que elas terminem, dar espaço para que as coisas novas aconteçam ou se transformem.

Se nos apegamos às situações oferecemos resistência, e isto significa que estamos a recusar-nos a acompanhar o fluxo da vida e que vamos sofrer. É necessário que as coisas acabem, para que coisas novas aconteçam. Um ciclo não existe sem o outro.

O ciclo descendente é absolutamente essencial para uma realização espiritual. Temos de ter falhado gravemente de algum modo, ou passado por alguma perda profunda, ou por algum sofrimento, para podermos ser conduzidos a uma dimensão espiritual. Ou talvez o nosso sucesso ficou vazio e sem sentido e se tenha transformado em fracasso. O fracasso está sempre embutido no sucesso, assim como o sucesso está sempre encoberto pelo fracasso. Provavelmente, todas as pessoas “fracassam” mais cedo ou mais tarde, e todas as conquistas podem acabar numa derrota. Todas as formas são impermanentes....

Um ciclo pode durar de algumas horas a alguns anos, e dentro dele pode haver ciclos longos ou curtos. Muitas doenças são provocadas pela luta contra os ciclos de baixa energia, que são fundamentais para uma renovação. Enquanto estivermos identificados com a mente, não podemos evitar a compulsão de fazer e a tendência para extrair o nosso valor pessoal de fatores externos, tais como as conquistas que alcançamos. Isto torna difícil ou impossivel aceitarmos os ciclos de baixa e permitirmos que eles aconteçam. Assim, a inteligência do organismo pode assumir o controle, como uma medida auto protetora, e criar uma doença com o objetivo de nos forçar a parar, e assim permitir que uma necessária renovação possa acontecer.

Enquanto a mente julgar uma circunstância “boa”, seja um relacionamento, uma propriedade, um papel social, um lugar ou o nosso corpo físico, ela apega-se e identifica-se com ela. Isto faz com que nos sintamos bem em relação a nós mesmos e pode tornar-se parte de quem somos ou pensamos que somos. Mas nada dura muito nesta dimensão, onde as traças e a ferrugem devoram tudo. Tudo acaba ou se transforma: a mesma condição do que era bom no passado, de repente, é mau. A mesma condição, o que o fez feliz agora faz-nos infelizes.  A prosperidade de hoje é o consumismo vazio de amanhã. O casamento feliz e a lua-de-mel podem ser ou transformar-se num divórcio infeliz ou numa convivência infeliz.

A mente não consegue aceitar quando uma situação ao qual ela se apegou, muda ou desaparece. Ela vai resistir à mudança. É quase como se um membro fosse arrancado do seu corpo. Isto significa que a felicidade e a infelicidade são, na verdade, uma coisa só. Somente a ilusão do tempo as separa. Não oferecer resistência à vida é estar em estado de graça, de descanso e de luz. Nesse estado, nada depende de as coisas serem boas ou más....

Observe as plantas e os animais, aprenda a aceitar aquilo que é, e a se entregar ao Agora.

Deixe que eles lhe ensinem o que é ser; deixe que eles lhe ensinem o que é a integridade – estar em unidade, sermos nós mesmos, sermos verdadeiros.

Aprender como viver e como morrer, e como não fazer do viver e do morrer um problema.

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